Prólogo - Capítulo 01

O som característico das teclas sendo pressionadas ansiosamente era o único ruído no quarto de Tício naquela madrugada fria e chuvosa. O velho rádio-relógio do quarto já marcava, em vermelho, mais de 3h e o sono já castigava sua visão frente à tela. As letras embaçavam e era necessário contrair os olhos para voltar ao foco.

Como o prazo findaria amanhã, na verdade hoje, não havia tempo para descanço, nem para molhar a garganta seca. Faltava pouco para concluir o documento, na verdade uma última revisão, mas havia algo estranho, uma tensão pairava no ar, como se algo estivesse prestes a acontecer...  Continue lendo...

Seu celular repentinamente toca alto e Tício dá um pulo na cadeira, quem ligaria a esta hora? 

Após ouvir em silêncio e sem esboçar qualquer reação, diz: "estou indo agora!". 

Após concluir a leitura, salvar e enviar uma cópia anexa para algum e-mail, com as instruções: "Publicar em caso de emergência", pega algumas coisas e sai rapidamente em meio à tempestade.

Dirigindo rapidamente, como de costume, sente dificuldade em enxergar o trajeto devido a forte chuva frontal, mesmo com o limpador ao máximo. A cidade está deserta, tudo apagado e fechado. Até os semáforos deixaram de funcionar e ventava muito forte.

Ao avistar manchas móveis azuis e vermelhas que correm pelas paredes, árvores e solo, percebe que já chegou ao local que desejava. A polícia já havia sido chamada e suas viaturas cercavam o local. Agora já mais fina, a chuva pareceu compreender a periculosidade daquilo, enfraquecendo.

Tício abordou o militar que estava no comando da patrulha e, ao saber dos fatos ocorridos, concluiu que aquele seria mais um momento crítico na sua carreira...

Continua no Capítulo 02...