Capítulo 02
Após ligar o pisca-alerta do seu carro já parado no acostamento, observou que o crepúsculo tomara o horizonte nublado. Nada havia ao redor, além dos outros veículos que passavam empurrando o ar em alta velocidade. Havia, então, intervalos de silêncio profundo, ao ponto de serem ouvidos grilos, entre as tempestades sonoras de motores, pneus e buzinas típicas daquele horário. Ela sabia que em breve o tráfego se dispersaria, quando estaria sozinha em meio aquela imensidão de colinas cortada pela rodovia. Continue lendo...
Resolveu descer do carro e pôde sentir o calor úmido exterior. Definitivamente ali não havia sinal de celular e as alternativas se extinguiam a cada minuto. O que fazer? - pensou fitando sua vista ao longe em busca alguma possibilidade de ajuda, já que confiar em motorista desconhecido era sua última e pior opção.
Ainda conseguia manter a calma e a noite inexoravelmente chegou. Passou a perceber o perigo que corria com aquele fluxo reduzido de farois na pista. Antes de deixar o temor a possuir, uma luz acende a sua frente. Tímida e distante, mas brilhava isolada. Naquela penumbra, duvidou do que via. O seu esforço se concentrava em esclarecer se aquilo seria um poste, uma casa ou alguém com uma luminária.
A observação prolongada levou-a a crer de que não se movia e, sem alternativas, decidiu seguir em sua direção. No entanto, foi preciso afastar-se do carro à procura de uma passagem em meio aquela vegetação densa e alta que quase impedia a progressão fora das trilhas. Sentia que adentrava, a cada passo, no escuro e já não podia mais ver a estrada que sumiu nas trevas, todavia preferiu não parar.
O caminho transformou-se num aclive, exigindo mais esforço e a deixando ofegante. Sabia que subia, mas sem nenhuma noção de distância ou o quanto já havia andado.
Uma bifurcação surge em sua frente e ela perplexa pára. Sem coragem de voltar para estrada deserta, fecha os olhos como se pudesse sentir a opção certa e segue pela direita. O aclive se atenua e a trilha se alarga, até a vegetação agora é menor.
Depara-se com uma clareira considerável e um casebre no centro irradiando, pelas frestas das janela e porta, uma luz amarela.
Começando a se arrepender de ter vindo, tenta, sem sucesso, enxergar algo pela fechadura e finalmente bate na porta.
Bate várias vezes e a cada vez que espera resposta, seu coração acelera no silêncio.
Vai até a janela e decide empurrá-la, mas sente uma súbita onda de medo inexplicável, que arrepia sua nuca. Lutando para controlar a respiração acelerada, empurra enfim a janela que, rangendo, se abre lentamente.
Nervosa, consegue ver uma mesa pequena com uma luminária acesa e uma espécie de foice velha enconstada na parede. Há também fios que descem do telhado por trás da janela. Desconfiando do que seria aquilo, rapidamente entra na casa e confirma sua expectativa...
Porém seu corpo adormece, não consegue mais sentir suas pernas, seus braços e, antes da visão escurecer completamente, escuta algo a suas costas e desmaia.
Após um certo tempo...
O som do toque do seu celular, bem baixinho e ao longe, vai aumentando, até que a desperta. Sem acordar completamente e com a voz ainda fraca:
- Alô... Quem fala?
- Tício!!! - quase grita, sem acreditar e despertando completamente.
Capítulo 03.
Ainda conseguia manter a calma e a noite inexoravelmente chegou. Passou a perceber o perigo que corria com aquele fluxo reduzido de farois na pista. Antes de deixar o temor a possuir, uma luz acende a sua frente. Tímida e distante, mas brilhava isolada. Naquela penumbra, duvidou do que via. O seu esforço se concentrava em esclarecer se aquilo seria um poste, uma casa ou alguém com uma luminária.
A observação prolongada levou-a a crer de que não se movia e, sem alternativas, decidiu seguir em sua direção. No entanto, foi preciso afastar-se do carro à procura de uma passagem em meio aquela vegetação densa e alta que quase impedia a progressão fora das trilhas. Sentia que adentrava, a cada passo, no escuro e já não podia mais ver a estrada que sumiu nas trevas, todavia preferiu não parar.
O caminho transformou-se num aclive, exigindo mais esforço e a deixando ofegante. Sabia que subia, mas sem nenhuma noção de distância ou o quanto já havia andado.
Uma bifurcação surge em sua frente e ela perplexa pára. Sem coragem de voltar para estrada deserta, fecha os olhos como se pudesse sentir a opção certa e segue pela direita. O aclive se atenua e a trilha se alarga, até a vegetação agora é menor.
Depara-se com uma clareira considerável e um casebre no centro irradiando, pelas frestas das janela e porta, uma luz amarela.
Começando a se arrepender de ter vindo, tenta, sem sucesso, enxergar algo pela fechadura e finalmente bate na porta.
Bate várias vezes e a cada vez que espera resposta, seu coração acelera no silêncio.
Vai até a janela e decide empurrá-la, mas sente uma súbita onda de medo inexplicável, que arrepia sua nuca. Lutando para controlar a respiração acelerada, empurra enfim a janela que, rangendo, se abre lentamente.
Nervosa, consegue ver uma mesa pequena com uma luminária acesa e uma espécie de foice velha enconstada na parede. Há também fios que descem do telhado por trás da janela. Desconfiando do que seria aquilo, rapidamente entra na casa e confirma sua expectativa...
Porém seu corpo adormece, não consegue mais sentir suas pernas, seus braços e, antes da visão escurecer completamente, escuta algo a suas costas e desmaia.
Após um certo tempo...
O som do toque do seu celular, bem baixinho e ao longe, vai aumentando, até que a desperta. Sem acordar completamente e com a voz ainda fraca:
- Alô... Quem fala?
- Tício!!! - quase grita, sem acreditar e despertando completamente.
Capítulo 03.
Capítulo anterior: Capítulo 01
Comentários
To esperando ansioso pelo próximo capítulo!! hehehehe